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Mostrando postagens de abril, 2010

Bento XVI e a pedofilia na Igreja: a realidade

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Por D. Hilário Moser, bispo emérito de Tubarão/SC De repente, a moda é falar da pedofilia dentro da Igreja. Episódios do passado, já conhecidos e encerrados, agora são exumados um por um, dentro de certo encadeamento, com a finalidade de exagerar a repercussão pelo mundo, tendo um claro objetivo: desacreditar a Igreja católica e atingir o Papa Bento XVI. Será mesmo verdade tudo os que os jornais andam propalando? É a pedofilia que se quer combater, ou, na realidade, pretende-se “linchar” o Papa, hostilizado desde sua eleição e, periodicamente, por ocasião de alguma sua declaração ou tomada de atitude mais contundente? Como se explica tudo isso? A resposta não é difícil. Existe no Ocidente certa cultura que se caracteriza por uma clara posição laicista e anticatólica, cujos porta-vozes são jornais e outros meios de comunicação social. Muitas vezes, por trás deles há os que algum sociólogo qualifica como “empresários morais”, pessoas que promovem e financiam campanhas segundo os próprio

FESTA DE SÃO JOSÉ OPERÁRIO 2010

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Eucaristia, muito mais que reunião fraterna

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Discurso de Bento XVI aos bispos brasileiros em visita "ad limina" Amados Irmãos no Episcopado, A vossa visita ad Limina tem lugar no clima de louvor e júbilo pascal que envolve a Igreja inteira, adornada com os fulgores da luz de Cristo Ressuscitado. Nele, a humanidade ultrapassou a morte e completou a última etapa do seu crescimento penetrando nos Céus (cf. Ef 2, 6). Agora Jesus pode livremente retornar sobre os seus passos e encontrar-Se como, quando e onde quiser com seus irmãos. Em seu nome, apraz-me acolher-vos, devotados pastores da Igreja de Deus peregrina no Regional Norte 2 do Brasil, com a saudação feita pelo Senhor quando se apresentou vivo aos Apóstolos e companheiros: «A paz esteja convosco» (Lc 24,36). A vossa presença aqui tem um sabor familiar, parecendo reproduzir o final da história dos discípulos de Emaús (cf. Lc 24, 33-35): viestes narrar o que se passou no caminho feito com Jesus pelas vossas dioceses disseminadas na imensidão da região amazônica, com as

Páscoa: Experiência de fé e compromisso missionário

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Maria Clara Lucchetti Bingemer Não sei o que mais impressiona nos relatos pascais que encontramos nos Evangelhos. Se a mudança radical que faz com que o luto doloroso e lacrimejante pelo Crucificado morto de maneira infame se transmute em alegria exultante e intrépida; ou se o fato de que um mistério tão profundo e tão sublime seja ao mesmo tempo tão carregado de raiz histórica e realismo humano. Talvez ambas as coisas. Mas o fato é que a lógica de Deus, que sempre desconcerta, porque vai na contra mão de nossa lógica humana, talvez jamais desconcerte tanto como no evento pascal que dá origem à fé cristã. A começar pela fragilidade do movimento que mudará o mundo e dividirá a história em “antes” e “depois”: umas frágeis e desoladas mulheres que não se conformavam que o corpo do Amado mestre, morto depois de sofrer tanto, ficasse sem o perfume e os óleos por elas cuidadosamente preparados em sua última morada. Será que acreditavam mesmo que era a última? Será que em seus corações e, sob

Monsenhor Oscar Romero: Trinta anos de um martírio

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Maria Clara Lucchetti Bingemer No dia 24 de março de 1980, às 6 h da tarde, o arcebispo de San Salvador, capital do pequeno país da América Central, El Salvador, celebrava missa na capela do Hospitalito, hospital de religiosas que cuidavam de doentes de câncer. No momento da consagração, o tiro desfechado por um atirador de elite escondido atrás da porta traseira da capela atingiu o coração do pastor e matou-o imediatamente. Calava-se assim a voz que defendia os pobres no regime cruel e sangrento que dominava El Salvador. E Monsenhor Romero passaria a estar vivo, a partir de então, no coração de seu povo, no qual profetizou que ressuscitaria, se o matassem. Assim foi, assim é. Não existe um só salvadorenho nos dias de hoje que não fale com carinho extremo de Monsenhor Romero e não reconheça nele um pai e um protetor. E não há um cristão que não deva conhecer a vida e a trajetória deste grande bispo que é exemplar para todos aqueles e aquelas que hoje se dispõem a seguir Jesus de Nazaré

Quando a Eucaristia se torna Vida!

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Por Frei Sinivaldo S. Tavares, OFM Observando algumas atitudes que têm caracterizado a relação das nossas comunidades de fé com a Eucaristia, entre perplexos e desapontados, constatamos o retorno de atitudes esclerosadas, filhas de um passado que acreditávamos enfim superado: a insistência em conceber a participação do ministro ordenado na celebração da Eucaristia em termos de um poder autônomo e auto-suficiente, meio mágico até, de consagrar o pão e o vinho; a tendência a considerar as palavras da consagração em si mesmas e, portanto, desvinculadas de seu natural contexto: a oração eucarística e, por extensão, a inteira celebração eucarística; a presença real entendida, numa perspectiva objetivista (coisificada), como presença física, somática; a importância exagerada que se tem dado à adoração em detrimento da celebração eucarística. Nestes casos, ao se julgar conferir grande importância à Eucaristia, acaba-se ofuscando seu sentido mais originário.Apesar de não ter elaborado um trata

A voz não ouvida da Terra Santa

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Entrevista com o patriarca Twal, de Jerusalém Ainda que os cristãos árabes sejam minoria na Terra Santa, poderiam ser uma ponte importante no conflito que dividiu a região durante tanto tempo, afirma o patriarca Fouad Twal. O patriarca latino de Jerusalém lamenta, no entanto, que, dado que a comunidade internacional não os leva em consideração, o número de cristãos esteja diminuindo. Parte do problema, observa, é que o alto muro que cerca os territórios palestinos tornou quase impossível a vida diária de muitos. Há aproximadamente 50 mil cristãos na Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e Cisjordânia, com mais de 200 mil em Israel. Nesta entrevista concedida ao programa de televisão “Deus chora na terra”, da Catholic Radio and Television Network (CRTN), em cooperação com Ajuda à Igreja que Sofre, o patriarca expõe os muitos desafios enfrentados pelos cristãos que moram na Terra Santa. Também lança um convite à oração, aos Projetos e à Pressão (os três “pês” em inglês). -O senhor poderia no

Quando a leitura orante da Palavra de Deus dá fruto

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Entrevista com padre Bruno Secondin, animador de encontros de “lectio divina” Por Mirko Testa ROMA, terça-feira, 16 de março de 2010 ( ZENIT.org ). – Uma escuta séria e obediente da Palavra, preparada com zelo, mas também com criatividade, pode ser capaz de envolver muitos fiéis e tornar-se fonte de discernimento, capaz de renovar o caminho da fé e a própria vida cotidiana. Foi o que disse a ZENIT o padre carmelita Bruno Secondin, professor de teologia espiritual e espiritualidade moderna da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. - Quais são os frutos desta experiência à frente da lectio divina? - Padre B. Secondin: Iniciamos em 1996, e até aqui já realizamos 172 destes encontros, se contarmos o que será realizado na próxima sexta-feira. Foi um longo percurso, e também uma experiência preciosa, que exigiu de nós não apenas uma vigilância constante para não profanar a Palavra, mas, ao mesmo tempo, um empenho em encontrar modalidades adaptadas à diversidade dos participantes, sempr